Os Transportes
A Alemanha é conhecida como o país do automóvel. Em 2007, havia 55,511 milhões de veículos registrados, dos quais 46,569 milhões de carros de passeio, para uma população de 82 milhões de habitantes.
Em consonância com esses dados, a malha rodoviária é de longe a maior do país. Em 2006, as rodovias interurbanas somavam 231.400 quilômetros, dos quais 12.363 de auto-estradas, as famosas autobahns. Também pelo asfalto flui a maior parte do trânsito de pessoas (57 bilhões de pessoas transportadas em 2007) e de produtos (3,258 bilhões de toneladas no mesmo ano).
Ao contrário de grande parte dos países europeus, não existe pedágio para carros de passeio na Alemanha. Esse fato e a boa conservação das estradas beneficiam os milhões de turistas europeus que atravessam o território alemão em suas férias.

O país do automóvel é também o único da União Européia a não fixar um limite máximo de velocidade para as auto-estradas – à exceção de alguns trechos. Oficialmente, há uma velocidade máxima recomendada de 130 km/h, que por si só já é superior à permitida na grande maioria dos países vizinhos.
Nas demais estradas federais e estaduais alemãs, há restrição legal de velocidade. Salvo sinalização em contrário, a máxima permitida nas estradas é de 100 km/h. Nos perímetros urbanos, não se pode ultrapassar os 50 km/h e, nas ruas residenciais, 30 km/h.
Após o automóvel, são as companhias de transporte urbano municipais e regionais que registram o maior deslocamento de passageiros. Embora se trate de um serviço público prestado por empresas estatais, também há operadoras privadas no setor.
As cidades ou regiões costumam oferecer aos passageiros um sistema integrado de ônibus, bondes, metrô (de superfície e subterrâneo – U-Bahn) e trens metropolitanos (S-Bahn).
FerroviasO transporte ferroviário responde pelo principal fluxo coletivo de passageiros em médias e longas distâncias dentro do país.
Em 2006, a estatal Deutsche Bahn e cerca de 150 companhias ferroviárias privadas transportaram 2,24 bilhões de passageiros e 346 milhões de toneladas de carga, o que faz desta modalidade de transporte a terceira mais importante do país. A malha ferroviária somava 41.315 quilômetros em 2005.

Na área tecnológica, a companhia investe na ampliação da malha para o trem de alta velocidade ICE, interligada à dos equivalentes nos países vizinhos. Inaugurado em 2002, o trecho mais moderno liga Frankfurt e Colônia, o único no qual a última geração do ICE consegue acelerar até mais de 300 km/h. A obra, com 30 túneis, reduziu o tempo da viagem de trem entre as duas metrópoles em uma hora, para 1h15min, beneficiando inúmeras linhas norte-sul, como Amsterdã-Viena.Hidrovias
Hidrovias
O transporte fluvial e marítimo também desempenha papel indispensável na economia alemã, especialmente de cargas. Através dos portos de Hamburgo, Bremerhaven, Ludwigshaven, Lübeck e Rostock, assim como do holandês de Roterdã, flui enorme parte das exportações e importações do país. Em 2007, foram transportadas 310,95 milhões de toneladas por via marítima e 248,97 milhões de toneladas por via fluvial.
O porto de Hamburgo é o maior da Alemanha e o segundo maior da Europa em movimento de contêineres, atrás apenas do porto de Roterdã. Em 2006, o movimento de cargas chegou a 134,8 milhões de toneladas.
Os armadores alemães detêm a maior frota mundial de cargueiros de contêineres. Sua parcela do mercado mundial é de 37,2%. A marinha mercante alemã controla 3.011 navios e está entre as mais modernas e seguras do mundo. Cerca de 570 circulam com bandeira alemã, os demais sob bandeiras de conveniência.

Os 7,5 mil quilômetros de hidrovias atravessam toda a Alemanha e estão interligados à rede fluvial dos países vizinhos. Por exemplo, é possível navegar de Trier, na fronteira com Luxemburgo, até a Polônia, passando por Berlim, assim como do porto marítimo de Roterdã, na Holanda, até a foz do rio Danúbio, no litoral romeno. Ambos os trajetos aproveitam-se da navegabilidade do rio Reno, a mais movimentada hidrovia da Europa.
Na confluência com o rio Ruhr, desenvolveu-se em Duisburg o maior porto fluvial do mundo. Por sua vez, o canal que liga o Mar do Norte ao Mar Báltico oferece ao tráfego marítimo a vantagem de evitar a volta pela Dinamarca. O atalho encurta o tempo de viagem e preserva as embarcações de intempéries em alto-mar.
Aviação

Além de Frankfurt, Berlim, Munique, Düsseldorf, Hamburgo e Colônia possuem aeroportos de porte médio a grande. Nos últimos tempos, antigas bases militares vêm sendo convertidas em aeroportos, como Hahn e Lübeck, usados sobretudo pelas companhias aéreas de baixo custo (low cost). Os aeroportos alemães são operados por empresas privadas.
Privatizada nos anos 1990, a Lufthansa é a maior companhia aérea e um dos símbolos da Alemanha. Em 2007, ela transportou 83,1 milhões de passageiros e 1,91 milhão de toneladas de cargas. Dentre as demais, vale citar Air Berlin, Deutsche BA, Hapag-Lloyd e Germanwings, assim como Condor, LTU e Thomas Cook, especializadas em turismo.
Atualizado em julho de 2008